A Bitmain, uma das maiores fabricantes do mundo de hardwares de mineração de criptomoedas, anunciou oficialmente a sua entrada no ramo de mineração de Ethereum através de uma nova mineradora, a Bitmain E3. As vendas do equipamento já foram iniciadas e estão em fase de pré-ordem, com previsão de entrega entre 16 e 31 de julho, pelo preço inicial de US$800.
Segundo a Bitmain, cada E3 terá capacidade de gerar pelo menos 180 MH/s, o que corresponderia, segundo o cryptocompare, a 0.3972 Ethereum por mês. Embora o produto ainda não tenha chegado ao mercado, é provável que a Bitmain já o esteja usando em particular, o que – juntamente com a tendência de alta no preço do ano passado – ajudaria a explicar o dramático aumento da taxa de hash do Ethereum nos últimos meses.
Esses são os primeiros mineradores Ethash, poder computacional do Ethereum, capazes de usar chips ASIC (Application Specific Integrated Circuit), que são muito mais eficientes do que os chips de GPU, usados atualmente na mineração da criptomoeda, do Ethereum Classic e de outras criptomoedas baseadas em Ethash. A novidade pode significar uma nova era na mineração de Ethereum e pode afetar inclusive o mercado da AMD e NVidida, fabricantes de GPU utilizadas para mineração de criptomoedas.
Embora algumas pessoas vejam o desenvolvimento do ASIC como um positivo líquido para a indústria, outros argumentam que os ASICs centralizam o hashpower nas mãos de poucas corporações – especificamente a Bitmain, cujo domínio atualmente é incomparável.
O lançamento do Antminer E3 provavelmente intensificará as chamadas para que a Ethereum execute um hard fork para restaurar a resistência ao ASIC , como a Monero e a Siacoin fizeram recentemente também em resposta à liberação da Bitmain de mineradoras ASIC compatíveis com os respectivos algaritmos de mineração das duas criptomoedas.